​Venha vivenciar a rica história do cinema em uma experiência única e envolvente no Festival Cine Memória, que acontecerá em maio de 2024, em  Nova Lima. Sob o comando do Maestro André Brant e Direção Musical de Matheus Lanes, este evento promete homenagear os primórdios do cinema e sua evolução ao longo dos anos.

Localizado no emblemático Teatro Municipal Manoel Franzen de Lima, antigo Cine-Teatro Municipal, esta Mostra de cinema celebra o retorno deste icônico espaço como sala de projeção à cena local. Uma oportunidade imperdível para reconectar-se com a história do cinema e mergulhar em suas fascinantes transformações ao longo do tempo.

Desde os primeiros filmes mudos até as mais recentes inovações tecnológicas, o cinema sempre encantou e surpreendeu o público. Na Mostra de Cine Memória – a importância da Música para o Cinema, você terá a chance de reviver essa jornada emocionante, com projeções de filmes mudos acompanhados de trilha sonora ao vivo, criada e executada por talentosos músicos convidados, professores e alunos da Escola de Música de Nova Lima.

A mostra destacará obras marcantes, como o documentário pioneiro "O Homem com uma Câmera", que nos transporta para o cotidiano de uma cidade soviética nos anos 1920, e o instigante curta-metragem "The Railrodder" (O Ferroviário), uma jornada pelas ferrovias do Canadá na década de 1960, dirigido pelo lendário Buster Keaton.

Além disso, o Festival Cine Memória promove uma reflexão sobre o papel da música no cinema, desde os primórdios até os dias atuais, destacando sua importância na construção da narrativa cinematográfica e proporcionando uma experiência sensorial única para o público.

Não perca a oportunidade de fazer parte deste evento, que reúne história, arte e inovação em um só lugar. Junte-se a nós e celebre a magia do cinema na Mostra Cine Memória, um verdadeiro mergulho no fascinante universo da sétima arte.

 

Festival Cine Memória:

 

Data: Maio de 2024

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09 de maio (quinta-feira) – Hora: Sessão única das 13:30h às 15:00h

10 de maio (sexta-feira) - Hora: Primeira sessão das 13:00h às 14:30h

10 de maio (sexta-feira) - Hora: Segunda sessão das 15:10h às 16:40h

11 de maio (sábado) - Hora: Primeira sessão das 16:00h às 17:40h

11 de maio (sábado) - Hora: Segunda sessão das 19:30h às 21:10h

 

Local: Teatro Municipal Manoel Franzen de Lima

Cidade: Nova Lima

Classificação: Livre

Ingressos gratuitos retirados uma hora antes de cada sessão – sujeita a lotação

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FESTIVAL CINE MEMÓRIA

 

O cinema, tal qual é hoje vivenciado e experimentado pelo espectador quer em salas de exibição, quer salas de estar residenciais (via streaming), exibe uma cada vez mais fascinante síntese formada pelo conjunto das artes visuais, plásticas, cênicas, teatrais, literárias, musicais, façanha que apenas ele consegue realizar com tão inquestionável eficiência e competência. A realização do Festival Cine Memória no antigo Cine-Teatro Municipal, hoje Teatro Municipal Manoel Franzen de Lima, localizado na praça principal de Nova Lima, pretende reverenciar o retorno desse histórico equipamento cultural à cena local. A retomada de local tão emblemático da cidade articula a história do cinema com a do próprio edifício construído no esteio, tão em voga na época de grandes centros que abrigassem as demandas culturais de então, chegando o Cine-Teatro Municipal a ocupar o posto de segundo de Minas Gerais, ficando atrás apenas do Cine-Theatro Brasil, construído na Praça Sete de Belo Horizonte.

Irmãos Lumière. Cinema mudo. Música ao vivo. Cinema falado. Cinema colorido. Cinemascope. Tela panorâmica. Cinema imersivo. Etc. Várias são as etapas pelas quais passou o cinema para alcançar o patamar em que hoje se encontra. A fixidez da fotografia. O movimento do cinema. O silêncio. A música. Narrativas. Enredos. Cores. Efeitos especiais. Espaços especiais de exibição. Novas etapas artísticas e tecnológicas se sucedem em ritmo cada vez mais acelerado incrementadas pelo surgimento de inovações cada vez mais criativas.

O Festival Cine Memória privilegia os primórdios do cinema, quando o movimento exibido nas telas se prestava a narrações circunscritas à imagem. No entanto, o olhar passa a exigir a participação da escuta para o enriquecimento da experiência vivida diante da tela do cinema. Em um primeiro momento cabe à música preencher o pesado silêncio reinante dando eco aos afetos provocados pelas imagens projetadas. Naquela cena, cada imagem é um quadro e cada nota musical, um pincel que colore emoções. O som rompe o vazio provocado pela onipresença absoluta da imagem.

Imagem. Som. Palavra. Cena estática. Cena em movimento. A cena se enriquece com a presença concomitante de imagem, som e movimento. Se o movimento imprimido à fotografia transformando-a em cinema pode ser entendido como sua primeira reviravolta, podemos localizar a segunda na introdução do som na construção da narrativa cinematográfica. Essa segunda reviravolta acontece, no início, através da música ao vivo realizada, dia após dia, por músicos contratados justo com esta finalidade: trazer para a cena projetada na tela algum elemento outro que fustigue a eclosão do sentimento.

Poder-se-ia, pois, sem dificuldade, reconhecer a ‘música ao vivo’ como o primeiro efeito especial suplementar à hegemonia da imagética. Ao introduzir-se a música ao vivo no cinema mudo, amplia-se as bases para a construção da narrativa cinematográfica que continua a se superar a todo instante.

Os filmes mudos são testemunhas vivas da criatividade e inovação nos primórdios do cinema, uma vez que a música ao vivo, ocupando o espaço do silêncio, oferece experiências que transportam o espectador para dentro da própria tela.

Assim, conta-se histórias mesmo sem diálogos, onde a música desempenha papel não apenas de complemento, mas também de parte vital da própria narrativa. Sob a batuta do maestro André Brant, e Direção Musical de Matheus Lanes, mobilizam-se músicos, professores e alunos da Escola de Música de Nova Lima para a execução, ao vivo, de trilhas musicais para filmes mudos escolhidos com o intuito de proporcionar ao público a fruição decorrente do amálgama entre imagem e som. Também a música ao vivo incorporada ao cinema mudo perfaz um precioso percurso onde se inclui ainda a formação, execução e criação do fazer artístico.

A Mostra Cine Memória pretende homenagear, nesta edição, o pioneirismo do cinema que, com imaginação e criatividade, proporcionou a consolidação do próprio cinema no posto atualmente ocupado por ele no setor artístico, cultural e econômico. Ao proporcionar a experiência inusitada de assistir filmes mudos acompanhados de trilha sonora ao vivo, a Mostra presenteia o público com a revisitação de um momento ímpar da evolução da história da sétima arte.

Para tanto, elege dois filmes que tratam, por um lado, do cotidiano urbano e, por outro, da interiorização do ‘progresso’ realizada por e pelas ferrovias.

‘0 homem com uma câmara’, documentário pioneiro do russo Dziga Vertov, ilustra um dia inespecífico na vida de uma cidade soviética dos anos 1920 através das lentes do cinegrafista Michail Kaufman, ao trazer para a plateia a jornada de pessoas comuns que ocupam gradualmente a vida da cidade, da tranquilidade do amanhecer ao tumulto de suas atividades até o anoitecer.

O segundo filme, O curta-metragem “The Railrodder” (O Ferroviário), é uma das últimas obras do lendário ator e cineasta Buster Keaton, lançada em 1965, onde um inglês percorre os trilhos da icônica Rota Nacional de Ferrovia Canadense numa curiosa e instigante jornada pelo interior desse país.

Trazer para plena era da Inteligência Artificial a experiência inovadora da introdução do som ao processo cinematográfico composto até então por imagens em movimento é uma instigante provocação aos ‘tempos modernos’ que cada vez mais se lançam na busca descobertas mais e mais inovadoras. Ao realizar esse giro dialético na história do cinema, A Mostra Cine Memória reatualiza para o público novalimense sua história com o cinema, a história do cinema e seus inusitados desdobramentos futuros.

 

Augusto Nunes-Filho / Curador

 

Festival Cine Memória. Nova Lima, Maio/2024

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Ficha técnica do Projeto Cine Memória

Geral

 

Diretor da mostra: Vilmar Sousa

Curadoria: Augusto Nunes

Artista/professora de canto: Camila Corrêa

Produção: Camila Corrêa

Oficinas de formação: Matheus Lanes

Design gráfico: Vitor Garcia

Assistente administrativo: Arlete Soares e Carla Viviane

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Filme 1: "The Railrodder" (O Ferroviário)

Maestro: André Brant

 

Primeiros violinos:

Spalla: Alexandre Kanji

Samuel Gomide

Gabriel Magno

Heloísa Martins

 

Segundos violinos:

Karine Oliveira

Renan Fernandes

Sofia Marques

Joice de Souza

Messias Fernando

 

Violas:

Vitor Chagas

Tiago Mesquita

Carina Roberta

 

Violoncelos:

Ana Paula Ferreira

Carlos Márcio

André Nato

 

Contrabaixos:

Léo Lopes

Leandro Sênior

 

Flautas:

Alice Valle

Márcio Reis

 

Clarinetes:

Edvaldo Oliveira

 

Percussão:

Francisco Neto

Natália Manga

Maria Luiza Caldeira 

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Filme 2: "O Homem com uma Câmera"

Diretor musical – arranjador: Matheus Lanes

 

Cantor: Matheus Lanes

Cantora Convidada: Fernanda Valadares

Baixista: Leandro Sênior

Guitarrista: Maicol Nunes

Pianista: Emerson Oliveira

Baterista: Francisco Neto